O Apagão da Cloudflare de 18/11: Por que seu WordPress quebrou e como sobreviver na próxima vez

Você Vai ver Nesse Post:

Uma análise sem "tecnês" sobre o dia em que a internet parou, o pesadelo do Erro 500 e o que fazer quando o porteiro da web perde as chaves.
Leia tudo e no final me diga o que achou. Posso contar com você? :)

Se você tentou acessar seu site, loja virtual ou até mesmo o ChatGPT na manhã deste dia 18 de novembro de 2025 e deu de cara com um “Error 500”, você não estava sozinho. A infraestrutura da internet piscou, e foi um piscar de olhos demorado e doloroso.

A Cloudflare, que atua basicamente como o “segurança” e o “acelerador” de uma fatia gigantesca da web, sofreu uma falha sistêmica catastrófica.

Para nós, que trabalhamos com WordPress e Web Design, o dia foi de pânico: painéis administrativos bloqueados, checkouts do WooCommerce travados e clientes furiosos. Mas o que realmente aconteceu? E mais importante: como podemos blindar nossos sites para que isso não destrua nosso negócio no futuro?

Aqui está o raio-x completo do colapso, traduzido de “engenheiro de rede” para “dono de site”.

Conteúdo do Post
Host Custo/Benefício
Hospedagem de Sites Com LiteSpeed Para WordPress

O Que Realmente Aconteceu? (Resumo da Ópera)

Imagine que existe uma rodovia principal por onde passam todos os dados da internet. A Cloudflare decidiu fazer uma manutenção em um dos pedágios (o Data Center de Santiago, no Chile). Teoricamente, rotina.

O problema? Ao fechar esse pedágio ao meio-dia (UTC), o sistema de GPS automático da internet (o roteamento BGP) se confundiu. O tráfego que deveria ser desviado suavemente causou um engarrafamento brutal em outras rotas.

Para piorar, houve o que chamamos de “efeito manada”. Como os serviços internos da Cloudflare ficaram lentos, os sistemas automatizados começaram a tentar reconectar freneticamente, gerando um tsunami de tráfego interno. Resultado: o painel de controle da Cloudflare caiu, a API morreu e a “borda” (edge) parou de responder.

O Pesadelo Específico do WordPress

Se o X (Twitter) e o Spotify caíram, é notícia de jornal. Mas se o seu site caiu, é prejuízo no bolso. O WordPress sofreu de forma única neste apagão por causa da sua arquitetura dinâmica. Veja os sintomas que detectamos:

1. O Bloqueio do WP-Admin

Muitos tentaram entrar no /wp-admin/ para desativar plugins ou ver o que estava havendo e deram de cara com uma parede. A Cloudflare atua como um “porteiro”. Como o porteiro desmaiou, ninguém entrava, mesmo que o seu servidor de hospedagem (a casa) estivesse intacto lá dentro.

2. O Colapso do WooCommerce

Esse foi doloroso. O WooCommerce usa scripts (AJAX) para atualizar o carrinho sem recarregar a página. Durante a falha, esses scripts davam erro de tempo limite (timeout).

  • O sintoma: O cliente clicava em “Comprar”, o botão girava e… nada.
  • O motivo: A requisição batia na Cloudflare e morria antes de chegar ao seu servidor.

3. O Loop Infinito de Redirecionamento

Quem usa a configuração “Flexible SSL” (onde a Cloudflare garante o cadeado verde, mas a conexão com o servidor é HTTP) sofreu com o erro ERR_TOO_MANY_REDIRECTS. A Cloudflare perdeu a capacidade de traduzir esses protocolos corretamente, jogando o visitante num loop eterno de “vai e volta”.

Soluções de Emergência: O Que Funcionou?

Quando o painel da Cloudflare voltou (ou para quem sabe usar API/DNS externo), a única solução real foi a manobra “Grey Cloud” (Nuvem Cinza).

Isso significa entrar no DNS e mudar o status do proxy de “Proxied” (Nuvem Laranja) para “DNS Only” (Nuvem Cinza).

  • O que isso faz: Remove a Cloudflare da jogada. O visitante conecta direto no IP do seu servidor.
  • O risco: Seu IP real fica exposto a ataques e você perde o WAF (firewall). Mas, na hora do desespero, é melhor um site “desprotegido” online do que um site super seguro que ninguém consegue abrir.

Dica Ninja para Desenvolvedores:

Se você precisava acessar o admin mas não queria expor o site, a solução foi editar o arquivo hosts do seu computador. Você diz pro seu PC: “Ei, para acessar o site.com, vá direto para o IP X, ignore a Cloudflare”. Isso salvou a pele de muita gente que precisava fazer backup urgente.

Lições para o Futuro: Como Não Ser Refém?

O dia 18 de novembro nos ensinou que a conveniência da Cloudflare tem um preço: o Ponto Único de Falha. Se eles caem, nós caímos. A menos que estejamos preparados.

Aqui está seu checklist de sobrevivência pós-apagão:

  1. Tenha SSL Local: Jamais dependa apenas do SSL da Cloudflare. Instale um certificado Let’s Encrypt direto no seu servidor de hospedagem. Assim, se você precisar desligar a Cloudflare (Nuvem Cinza), seu site não fica inseguro.
  2. Saiba Mexer no DNS: Se você não sabe onde seu DNS está hospedado ou como alterar um registro A, aprenda hoje. No meio da crise, esse conhecimento é a diferença entre ficar 4 horas ou 10 minutos fora do ar.
  3. Backup Externo é Lei: Não confie em backups que dependem de plugins que, por sua vez, dependem de conectar ao painel do WordPress. Tenha backups diretos do servidor/banco de dados.
  4. A Vida Além da Nuvem: Considere estratégias de redundância. Para sites gigantes, usar múltiplas CDNs é o ideal. Para nós, mortais, ter um plano de ação para “desligar o proxy” rapidamente é essencial.

Conclusão

Enquanto a internet fazia piadas sobre “tocar a grama” (sair da frente do PC) e as ações da Cloudflare oscilavam, nós tivemos um lembrete brutal da fragilidade da web moderna.

A nuvem é maravilhosa, mas ela é apenas o computador de outra pessoa. E às vezes, esse computador quebra. Certifique-se de que, quando isso acontecer, você ainda tenha as chaves da sua própria casa digital.

E você, como foi o seu 18 de novembro? Seu site sobreviveu ou você ficou preso no loop do Erro 500? Conte nos comentários!

Perfeito. Como o seu blog é focado em uma abordagem prática e técnica (mas acessível), essas novas informações se encaixam perfeitamente como uma “Nota de Atualização” ou um “Post Scriptum” ao final do artigo, ou até mesmo um destaque no topo (“Update”).

Isso mostra que seu conteúdo é “vivo” e que você está acompanhando o desenrolar dos fatos em tempo real.

Aqui está o trecho formatado para ser inserido no artigo (sugiro colocar logo após a conclusão ou em um box de destaque no início):


Host Custo/Benefício
Hospedagem de Sites Com LiteSpeed Para WordPress

Atualização em Tempo Real CLOUDFLARE (18/11 – 15:30 UTC)

O pesadelo do suporte continua e atenção à Oceania

Mesmo após a estabilização da maior parte da rede, novos comunicados oficiais da Cloudflare indicam que o dia ainda não terminou para as equipes de TI.

1. “Estamos Voando às Cegas”: Portal de Suporte Instável

Às 15:16 UTC, a Cloudflare confirmou que seu portal de suporte ainda apresenta instabilidade severa.

  • O Problema: Clientes estão encontrando erros ao tentar visualizar ou responder a chamados (tickets) antigos. Isso começou lá atrás, às 11:17 UTC, e persiste.
  • A Solução Alternativa: A empresa informou que as respostas dos atendentes não foram afetadas. Se você tem um plano Business ou Enterprise, ignore o sistema de tickets e vá direto para o Chat ao Vivo no painel ou use a Linha Telefônica de Emergência. Não tente resolver via portal agora.

2. Manutenção em Sydney (SYD) – Não entre em pânico

Se você notar um aumento de latência ou lentidão vindo da região da Austrália/Oceania agora à tarde, não é uma nova queda global.

  • Às 15:01 UTC, iniciou-se uma manutenção programada no Data Center de Sydney, prevista para durar até as 19:00 UTC.
  • O tráfego está sendo redirecionado. Para quem usa interconexão privada (PNI/CNI), as interfaces locais podem ficar indisponíveis.
  • Dica: Se seu monitoramento apontar falhas nessa região, verifique o horário. É provável que seja apenas o redirecionamento de tráfego previsto, e não o “round 2” do apagão.
Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.